Ela era uma garota comum e, como geralmente nada muito especial acontecia em sua vida, sonhava acordada a maior parte do dia. Era sempre a personagem principal dos seus sonhos e ali era amada, querida e desejada. Pelo fato de tudo isso estar bem longe da sua realidade, muitas vezes se distanciava do que acontecia em seu cotidiano e se refugiava nesses sonhos. Cada vez que uma amiga deixava de ser amiga, por exemplo, ela se voltava para o seu mundo de fantasias, onde ninguém poderia machucá-la.
Crescer assim parecia mais fácil para ela, mas a realidade foi se tornando cada vez mais difícil de ser encarada. A família dela se mudou e a garota se viu num país estranho, com uma nova língua. Aqueles foram os piores anos de sua adolescência. As garotas do colégio eram más com ela. O “Bullying” era um novo jogo que ela não sabia jogar...
Cada vez mais, foi se escondendo dentro de si, escutava seu walkman durante todo o dia e sonhava. Ela não olhava ninguém nos olhos, não sorria para estranhos e nem mesmo para colegas de classe. Vivia um dia após o outro sem esperar muita coisa. Porque estou falando dessa garota? É que ela era eu.
Um dia encontrei a Deus e com isso pude me enxergar: Vi-me como se estivesse espremida em um canto, com medo de sair e ser quem eu realmente era. Não foi fácil, mas, meus olhos se abriram e comecei a acreditar que tudo o que havia sido apenas um sonho, poderia se tornar realidade e aprendi a lutar. Foi um processo. Levou um tempo para, finalmente, me arrancar de dentro daquela bolha invisível, mas quando saí me tornei finalmente livre de todas as minhas inseguranças da infância e juventude. Eu estava livre para ser quem eu era, a Cristiane que Deus queria que eu fosse. Sugiro que você faça o mesmo, porque ninguém pode realmente ajudá-la enquanto estiver presa a esta bolha diabólica que só você e Deus podem estourar.
Na fé
Nenhum comentário:
Postar um comentário