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DICA:Doar sangue é salvar vidas

Dia Nacional do Doador é ponto de partida para conscientizar a população da importância do ato e da manutenção dos hemocentros

Por Michele Roza / Fotos: André Moura
michele.roza@arcauniversal.com

Cada doador de sangue pode salvar quatro vidas. Em cada bolsa de sangue coletada, os componentes fracionados podem ser direcionados para pacientes com necessidades distintas. Doar sangue também não dói, não enfraquece o organismo e nem é porta de entrada para doenças.

“O doador não corre risco de contaminação, pois todo o material utilizado durante o procedimento é descartável. Doar sangue também não prejudica a saúde do indivíduo. O importante é estar ciente das suas condições de saúde, pensando sempre em quem vai receber o seu sangue”, afirma Fátima Nogueira, hematologista da Fundação Pró-Sangue de São Paulo.Fabio Santos Costa, de 33 anos, é doador de sangue há 5 anos. “A primeira doação que eu fiz foi para um parente de um amigo que estava internado no Hospital das Clínicas (São Paulo). Desde então, faço quatro doações por ano. Não custa nada vir e cumprir meu papel de cidadão. Além disso, não dói e, com essa simples ação, eu ajudo muitas pessoas”, afirma.

“O organismo de uma pessoa adulta consegue repor o sangue doado (hemácias, plaquetas e plasma) com agilidade. Portanto, é possível que homens doem a cada 2 meses e as mulheres a cada 3 meses”, ressalta o médico Sérgio Domingos Vieira, responsável pelo Banco de Sangue do Hospital do Coração (HCor), em São Paulo.

Walquíria de Almeida Isidoro, de 30 anos, é doadora voluntária desde os 18. “Já é uma tradição na minha família. Meus pais e irmãos sempre doaram. Eu geralmente faço a doação de 3 em 3 meses, quando levo meu filho para consulta médica no Hospital das Clínicas, onde fica um dos postos de coleta. Todo o trâmite, da triagem ao fim da doação, leva no máximo uma hora. Salvar vidas é muito gratificante para mim”, declara.

Estoque

Dia 25 de novembro é o Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue. A data, lembrada desde o ano de 1964, é ponto de partida para conscientizar a população da importância da doação. Principalmente nessa época do ano, de datas festivas, férias escolares, e também feriados prolongados, aumenta o número de viajantes nas estradas e também de acidentes, mas cai o estoque dos hemocentros.

De acordo com a Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (ABHH), o número de doadores de sangue está abaixo do esperado. A média brasileira é de 1,9% nos últimos 5 anos. Destes, 40% o fizeram pelo menos duas vezes ao ano. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) a média de doadores de sangue para manter um estoque em dia está entre 3% e 5% em relação à população de todo um país.

Doador universal

Os bancos de sangue de todo o País carecem de doações. O sangue tipo O fator positivo, por exemplo, é o mais frequente na população brasileira. Mas o sangue tipo O fator negativo é mais raro no País, sendo apenas encontrado em aproximadamente 6% dos doadores. Ele tem caráter universal e pode ser doado para pessoas de outros tipos sanguíneos, principalmente em casos emergenciais, de pessoas que passam por cirurgia e precisam de transfusão.

O que é preciso para doar sangue

- Ter entre 16 (menores de 18 anos com autorização) e 67 anos (desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos);

- Pesar no mínimo 50 quilos;

- Ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas;

- Não ter ingerido álcool, pelo menos 12 horas antes da doação;

- Estar alimentado, evitando apenas alimentos gordurosos nas 4 horas que antecedem a doação;

- Estar em boas condições de saúde;

- Não estar em estado gripal intenso ou ter tido febre nos últimos 7 dias;

- Não ter recebido sangue ou plasma há menos de 12 meses;

- Não estar amamentando, grávida e esperar até o terceiro mês após o parto para fazer a doação;

- Não ter extraído dente há menos de 7 dias;

- Não ter feito cirurgia de grande porte há menos de 6 meses e de pequeno porte há menos de 3 meses;

- Levar documento de identidade original com foto.

Impedimentos definitivos

- Hepatite após os 10 anos de idade;

- Diabetes ou cardiopatia;

- Malária;

- Doenças associadas aos vírus HTLV I e II e Doença de Chagas;

- Aids (vírus HIV);

- Uso de drogas ilícitas injetáveis.

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