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Lugares da Bíblia - Os portões da Cidade Velha de Jerusalém

Ao longo da grande muralha, várias passagens ainda permanecem, com grande importância histórica e turística



Muitas das cidades bíblicas eram fortificadas, com imponentes muralhas que protegiam seus habitantes de invasores de outros povos. Mesmo que algumas dessas proteções não sejam mais usadas como defesa, várias permaneceram como patrimônio histórico e ponto turístico.
Na Cidade Velha de Jerusalém, embora o acesso não seja mais tão restrito como outrora, grande parte dos muros permanece. E seus famosos portões são nomeados de acordo com a sua importância histórica, com a tradição e por serem o ponto de partida para estradas que levavam a cidades importantes. A maioria deles está aberta à visitação.
Portão de Jafa
O único do lado oeste da Cidade Velha, é o começo do caminho que leva à cidade portuária de Jafa. Grande parte da muralha desse lado foi demolida, permanecendo a parte do famoso portão, para preservação histórica. Fica bem próximo à famosa Cidade de Davi.
Em 1898, o fosso que ladeava o grande muro foi novamente cheio de água por ocasião da visita do Kaiser Guilherme II (da Alemanha). Foi por essa passagem que ocorreu a famosa entrada do general britânico Edmund Allenby em 1917, na Primeira Guerra Mundial. Na ocasião, o líder militar e seus oficiais desceram de seus veículos e cavalos para entrar na cidade a pé, em respeito ao caráter santo do lugar.
Portão de Damasco
O primeiro portão no local, foi construído ainda na época do Segundo Templo. No reinado do romano Adriano foi construído outro, com uma grande coluna ao seu lado, daí ser conhecido pelos árabes como o Portão da Coluna. Embora vários desenhos da época mostrem o famoso pilar e vários textos falassem dele, seus restos nunca foram encontrados.
Também é chamado pelos judeus de Portão de Siquém. É por ele que se passa para tomar a direção de Damasco, o mesmo caminho feito pelo perseguidor de cristãos Saulo de Tarso quando recebeu do próprio Jesus Cristo a missão de apóstolo, ficando temporariamente cego, convertendo-se e adotando o nome de Paulo de Tarso (Atos 9). É o Portão de Damasco que está na foto principal desta matéria, na parte superior da página.
Portão dos Leões
Também chamado Portão de Estêvão, pois foi próximo a ele, do lado de fora da cidade, que um dos primeiros mártires do cristianismo foi morto por apedrejamento, como contado em Atos 7:59.
Na entrada leste da Cidade Velha, é conhecido como Portão dos Leões por causa dos quatro símbolos em relevo representando os grandes felinos, em representação ao famoso sonho de Suleiman, monarca do Império Otomano (e construtor do portão), em que os animais apareciam.
Portão Dourado
A leste da Cidade Velha, foi construído aproximadamente no ano 640, época da transição entre os domínios bizantino e árabe. Alguns estudiosos defendem que é a ele que se refere a profecia de Ezequiel, citada em seu livro na Bíblia, no capítulo 44. Segundo ela, é por seus pórticos gêmeos que o messias judeu entrará. Hoje, a passagem está selada, pois fica no território de Jerusalém dominado pelos muçulmanos, nas encostas do Monte do Templo, para impedir a profecia de se realizar. Há um grande cemitério logo abaixo do imponente portal, pois os muçulmanos sabem do mandamento judeu de que um sacerdote não pode passar por um lugar onde esteja enterrado um morto, o que o tornaria impuro pelas regras da Torá. Como o messias judeu seria o sumo-sacerdote, fica clara a intenção de ali se situar a necrópole dos seguidores de Maomé.
O arquiteto Leen Ritmeyer, holandês de nascimento e radicado na Inglaterra, é uma autoridade em estudos arquitetônicos do Templo de Salomão, tendo realizado muitas pesquisas no local, até onde teve acesso. Ele alega que pode haver outro portão ainda mais antigo sob o que lá se encontra.
Portão do Esterco
Na época do domínio do califa Omar, na ocasião da conquista de Jerusalém (no ano 638), a passagem era usada para tirar o lixo da cidade, incluindo o excremento de animais recolhido das ruas e estábulos, daí seu nome.
Também é conhecido como Portão dos Mouros, por causa de uma colônia de imigrantes provenientes do norte da África instalada nas vizinhanças do portal em meados do século 16.
Portão de Sião
Como indica o nome, dá passagem ao acesso ao monte Sião. Ainda tem as marcas das batalhas entre árabes e israelenses na Guerra da Independência, em 1948.
É chamado por muitos de Portão de Davi, por causa da proximidade com a Tumba de Davi, nas encostas do Sião. No período medieval, era conhecido como Portão do Quarteirão Judeu, por dar acesso à área, o coração da comunidade judaica na Cidade Velha.


Por Marcelo Cypriano / Fotos: Ministério do Turismo de Israel
marcelo.cypriano@arcauniversal.com



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