“Eu tenho que me achar”, disse a jovem. Já havia passado horas tentando ajudá-la a sair daquela depressão que a levara a querer se fechar num quarto e não sair mais. Ela visitava um psicólogo semanalmente, tinha todo o apoio da família e não havia nenhuma razão para estar tão triste. Mas nada era bom o suficiente. Família feliz, e daí? Saúde, e daí? Beleza, e daí? Dinheiro, e daí? Ela vivia no mundo da lua, sua meta era ser uma celebridade. Assistia a filmes e ouvia músicas deprimentes praticamente o dia inteiro.
Depois de tanto tentar ajudá-la, eu não aguentei ao ouvir sua última frase e disse-lhe “Boa sorte, então! O dia em que você conseguir se achar, me diga”. E saí.
Grossa? Sim, um pouco. Eu acho que às vezes só assim é que a pessoa me entende.
Após conhecer o meu primeiro amor aos 15 anos, não foi a situação nem as pessoas ao meu redor que mudaram – eu que mudei. Já não via as coisas como antes, havia uma alegria e uma paz interior que não se afetava com o exterior. Eu passei a valorizar o que antes eu desprezava e a admirar o que antes eu nem reparava.
O dia em que eu me encontrei com Deus, acordei uma pessoa que estava adormecida em mim. Antes, ela não conseguia enxergar as coisas direito e entendia tudo errado. Ela era boba, muito boba, se deixava levar pelas coisas que não faziam nenhuma diferença em sua vida. Quanto mais música ela ouvia, mais triste ela se sentia. Quanto mais ela invejava os outros, mais feia e insignificante ela se tornava. E do jeito que ela se via, todos também a viam. Que vida triste e sem nexo, mas, naquele dia, ela acordou, e eu me achei.
Na fé.
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