De todos os milagres extraordinários ocorridos com os descendentes de Abraão, o mais glorioso foi o nascimento do Senhor Jesus Cristo
"Viu-se grande sinal no céu, a saber, uma mulher vestida do sol com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça, que, achando-se grávida, grita com as dores de parto, sofrendo tormentos para dar à luz. Viu-se, também, outro sinal no céu, e eis um dragão, grande, vermelho, com sete cabeças, dez chifres e, nas cabeças, sete diademas. A sua cauda arrastava a terça parte das estrelas do céu, as quais lançou para a terra; e o dragão se deteve em frente da mulher que estava para dar à luz, a fim de lhe devorar o filho quando nascesse. Nasceu-lhe, pois, um filho varão, que há de reger todas as nações com cetro de ferro. E o seu filho foi arrebatado para Deus até ao seu trono". Apocalipse 12.1-5
Este grande sinal no Céu, ou seja, esta mulher vestida do sol, tem todo o perfil do Estado de Israel. E o fundamento disto é que a "mulher-Israel", nos tempos finais, estará novamente em destaque.
Sabemos que a contagem regressiva do final dos tempos começou em 1948, quando o Estado de Israel foi novamente fundado. Israel é o relógio mundial de Deus, pelo qual todos os cristãos devem ser orientados com respeito ao final dos tempos.
A mulher vestida do sol representa Israel porque a coroa com as doze estrelas representa as doze tribos. Este sinal também se coaduna com o sonho de José: "Teve ainda outro sonho e o referiu a seus irmãos, dizendo: Sonhei também que o sol, a lua e onze estrelas se inclinavam perante mim" (Gênesis 37.9).
José viu apenas onze estrelas porque ele mesmo era a décima segunda. Seu sonho se tornou realidade. E o grande sinal, a mulher vestida do sol com a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas na cabeça, mostra que todo o universo está subordinado à vocação de Israel.
Foi exatamente isto que Deus quis mostrar a Abraão, quando lhe disse: "...Olha para os céus e conta as estrelas, se é que o podes. E lhe disse: Será assim a tua posteridade" (Gênesis 15.5).
Isto não queria apenas dizer que a descendência de Abraão seria incontável, mas também que todo o universo estaria subordinado à sua chamada.
Agora podemos entender por que Josué teve fé para subordinar o sol e a lua, e retê-los por quase vinte e quatro horas, de acordo com os objetivos estratégicos de Israel, a fim de tomar posse da Terra Prometida.
Não só este, mas todos os milagres extraordinários realizados pelos homens de Deus contrariaram todas as leis da natureza. Vejamos: as dez pragas do Egito; a separação das águas do Mar Vermelho; a separação das águas do Rio Jordão; a água da rocha de Refidim e muitos outros.
Enfim, coisas espantosas, magníficas e extraordinárias aconteceram com mulheres e homens descendentes do patriarca Abraão. E tudo isso aconteceu em função de Israel, o povo escolhido de Deus!
E de todos os milagres extraordinários ocorridos com os descendentes de Abraão, o mais glorioso foi o nascimento do nosso eterno Rei e Salvador, o Senhor Jesus Cristo!
A gravidez desta mulher e as dores do parto (capítulo 12) podem significar o período que Israel passou antes do nascimento do Senhor Jesus. Esse período de sofrimento e dor foi o tempo da rebeldia constante do povo de Israel, ou o seu estado pecaminoso, quando a idolatria ultrapassou os limites da paciência divina.
Dentre os muitos lamentos do Senhor, há uma parábola que exprime claramente o sentimento divino pelo Seu povo:
"Agora, cantarei ao meu amado o cântico do meu amado a respeito da sua vinha. O meu amado teve uma vinha num outeiro fertilíssimo. Sachou-a, limpou-a das pedras e a plantou de vides escolhidas; edificou no meio dela uma torre e também abriu um lagar. Ele esperava que desse uvas boas, mas deu uvas bravas. Agora, pois, ó moradores de Jerusalém e homens de Judá, julgai, vos peço, entre mim e a minha vinha. Que mais se podia fazer ainda à minha vinha, que eu lhe não tenha feito? E como, esperando eu que desse uvas boas, veio a produzir uvas bravas?". Isaías 5.1-4
Em outro trecho, o Senhor diz: "...mas me deste trabalho com os teus pecados e me cansaste com as tuas iniquidades" (Isaías 43.24).