Orientação: Como ajudar alguém assim?

A sensação de entrar num lugar cheio de mulheres que estavam prestes a perder seus bebês me deixou muito emocionada. Só de pensar, meus olhos já se enchiam de lágrimas. Como eu iria visitá-las com uma palavra de fé se eu me sentia daquele jeito? Como poderia ajudá-las assim? Orei, pedi a Deus forças, entrei no Centro de Referência à Gestante Privada de Liberdade em Belo Horizonte com a cabeça erguida, mas o coração apertado. Ao passar pelos corredores, com algumas camas e berços em cada quarto, por dentro só implorava a Deus que me ajudasse a ser forte. E foi isso que Ele fez! Me deram o microfone e aquela emoção toda sumiu.


Lemos um trecho do livro “A Mulher V” juntas e contei para elas um pouco da minha experiência de mãe. Mesmo dando para o meu filho tudo que uma criança precisava ter, ele decidiu viver a vida dele da maneira que achava melhor – longe dos padrões e princípios de Deus. Ou seja: Você pode não ter tido uma família, não ter tido as condições esperadas para uma vida melhor OU você pode ter tido tudo isso – a decisão do seu presente e futuro sempre será sua. Quem quer ter uma vida melhor, a terá, começando por dentro, esteja ela nas circunstâncias que estiver, mesmo dentro de um presídio.


Saí daquele lugar nas nuvens, pois não foi na emoção que as ajudei e sim na fé – o único meio pelo qual elas poderão começar uma vida nova.