Eu nasci na Igreja Universal e tinha uma família estabilizada. Ia para a igreja e possuía consciência do certo e do errado. Era uma menina vazia. Tinha minhas lutas constantes: a de uma menina rejeitada pela sociedade e a minha luta pessoal. Achava que tudo estava contra mim, até na minha própria “família perfeita”. Eu brigava com a minha irmã, éramos como cão e gato, devido à dor que sentia e que ninguém entendia.
Tinha ciúmes, terríveis ciúmes. Infelizmente isso durou anos, até que descobri a independência da fé. Não estou falando de religião, não, porque eu era religiosa, ia todos os domingos, quartafeira e sexta-feira, mas não existia fé nem direção. Esperava que os demais me instruíssem. Um dia tudo mudou, não porque busquei o Deus da teologia, uma religião ou seguir por seguir o mesmo Deus dos meus pais. Mudou porque eu aprendi a expor tudo que havia dentro de mim, todos os fracassos, dores e dependências que existiam dentro de mim.
Desde então, nunca mais quis seguir a glória que esse mundo me oferecia, e que no fundo tornava-me dependente e oprimida.
Descobri a razão de viver em paz, pois a fé que habitava em mim era mesmo um pedaço de Deus. Passei por problemas crônicos, como a perda de filhos, entre outras coisas, depois do meu batismo com o Espírito Santo. Porém, sem o apoio de ninguém. Deus me ensinou a descobrir o talento da fé e entendi de fato e de verdade o que ela significa: sacrifício. E o sacrifício significa estar livre de tudo e de todos com apenas uma dependência: a de Deus.
Sabe como sou hoje? Independente das circunstâncias negativas ou positivas, porque é só questão de raciocinar e colocar em prática o sentimento, que antes era meu aliado e minha “força”. O Espírito Santo é magnífico! Dá a direção onde não existe uma aparente saída; capacita, levanta e ainda põe os outros de boca aberta.
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