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Lugares da Bíblia - Tumba de Samuel

Vilarejo que contém o túmulo do profeta está bem próximo ao grande movimento de Jerusalém



Nabi-Samwil (nome árabe para “Profeta Samuel”) é um vilarejo palestino com cerca de 250 habitantes, nas cercanias de Jerusalém, 4 quilômetros ao norte. Sua paisagem é dominada por uma mesquita, em cujo subsolo estão os restos mortais do personagem bíblico que lhe dá nome. Nos dias abertos à visitação, o local recebe cristãos, judeus e muçulmanos de todo o planeta. Estudiosos defendem que a localidade é a antiga Mispa, citada na Bíblia em 1 Samuel 7.
A história do templo é bem curiosa. De acordo com a Bíblia, Samuel foi sepultado em Ramá, onde morava, no tempo em que o rei Saul perseguia Davi. Os restos mortais do profeta foram encontrados e levados para Nabi-Samwil, depositados numa tumba subterrânea de um monastério bizantino no cimo de um monte.
O prédio servia de alojamento para peregrinos cristãos a caminho de Jerusalém. A edificação foi reformada tempos depois, no reinado de Justiniano I, em meados do século 6. Logo depois, os árabes conquistaram a cidade. Em 1099, os Cruzados conquistaram boa parte da Palestina e ergueram no local uma fortaleza, preservando seu subsolo. Foram eles que tiraram os ossos de Samuel de um cemitério judeu em Ramá e o trasladaram a Nabi-Samwil próximo do ano de 1170, erguendo na fortaleza uma igreja dedicada ao profeta. Os Otomanos dominaram o lugar após os Cruzados, e incorporaram o templo da tumba à mesquita que ergueram ali. O minarete (torre) do prédio tem destaque na paisagem até hoje (foto abaixo). Domínios diferentes se sucederam, até o século 15, quando os judeus puderam construir ao lado uma sinagoga. Compareciam ao local, ainda que com restrições.
Guerras modernas
Na Primeira Guerra Mundial, o lugar quase foi destruído nas batalhas entre turcos e britânicos, reconstruído em 1921. A mesquita foi recuperada durante o Mandato Britânico. Os judeus tentaram tomar a cidade em 1948, na Guerra da Independência, falhando na empreitada. Daquele ano até 1967, Nabi-Samwil serviu de base para a Legião Árabe da Jordânia para bombardear Jerusalém, até ser ocupada por Israel, na Guerra dos Seis Dias, em 1967 (foto abaixo).
Hoje, adeptos do cristianismo, judaísmo e islamismo visitam o local, pois Samuel é importante para as três crenças. Nele, o Tabernáculo ficou montado por muito tempo, até a construção do Templo de Salomão. Falando no monarca filho de Davi, também foi em Nabi-Samwill que o Senhor falou a ele, concedendo-lhe a pedida sabedoria.
Nabi-Samwill e seus arredores, nos quais ocorre hoje um extenso trabalho de escavações arqueológicas, fazem parte atualmente de um parque nacional.

Por Marcelo Cypriano / Fotos: Ministérios do Turismo e das Relações Exteriores de Israel e Rede Record
marcelo.cypriano@arcauniversal.com

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