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Ciência na Bíblia - Arqueólogos alegam descoberta de túmulo de João Batista

Supostos restos mortais estariam numa ilha na Bulgária e carbono 14 comprova que são do século 1

Da Redação / Imagens: Wikimedia, Thinkstock
redacao@arcauniversal.com

“Naquele tempo ouviu Herodes, o tetrarca, a fama de Jesus,

E disse aos seus criados: Este é João o Batista; ressuscitou dos mortos, e por isso estas maravilhas operam nele.

Porque Herodes tinha prendido João, e tinha-o maniatado e encerrado no cárcere, por causa de Herodias, mulher de seu irmão Filipe;

Porque João lhe dissera: Não te é lícito possuí-la.

E, querendo matá-lo, temia o povo; porque o tinham como profeta.

Festejando-se, porém, o dia natalício de Herodes, dançou a filha de Herodias diante dele, e agradou a Herodes.

Por isso prometeu, com juramento, dar-lhe tudo o que pedisse;

E ela, instruída previamente por sua mãe, disse: Dá-me aqui, num prato, a cabeça de João o Batista.

E o rei afligiu-se, mas, por causa do juramento, e dos que estavam à mesa com ele, ordenou que se lhe desse.

E mandou degolar João no cárcere.

E a sua cabeça foi trazida num prato, e dada à jovem, e ela a levou a sua mãe.

E chegaram os seus discípulos, e levaram o corpo, e o sepultaram; e foram anunciá-lo a Jesus.”
 Mateus 14:1-12

Como narrado no trecho neotestamentário acima, João Batista, primo de Jesus que o batizou, foi morto por conspiração da esposa deHerodes Antipas, que influenciou sua filha a literalmente pedir a cabeça de João.
A enteada de Herodes não tem seu nome citado na Bíblia. Porém, o historiador de origem judaica Flávio Josefo a registrou historicamente como Salomé, segundo a genealogia pesquisada por ele. A tradição atribuiu a ela, exímia praticante da famosa dança dos sete véus, a imagem de mulher fatal, sedutora, lasciva e perigosa, reforçada pela peça “Salomé”, de Oscar Wilde, adaptada para a notória ópera de Richard Strauss e diversos filmes.
Após o incidente, seguidores de João, como mostrado no trecho bíblico acima, sepultaram seu corpo e deram a triste notícia a Jesus.
Túmulo
Arqueólogos da Bulgária alegam ter achado o túmulo de João Batista, um antigo sarcófago de mármore em um mosteiro na ilha de Sveti Ivan (“São João”, na língua local) datado do século 5.
Os restos mortais consistem em pedaços de ossos – do crânio, da mão direita, de uma ulna (no antebraço), de uma costela – e um dente. Os fragmentos foram submetidos a testes de datação por carbono 14 na Universidade de Oxford, na Inglaterra.
A equipe de cientistas inglesesconfirmou, em nota oficial, que os ossos são mesmo do século 1. O resultado os deixou surpresos, embora achassem inicialmente que o material poderia ser do século 3 ou 4. De fato, a desconfiança procede, pois não são raras as fraudes em que relíquias são apontadas como de personagens bíblicos em todo o planeta. Muitas igrejas de diversas religiões dizem ter ossos de João Batista – são várias as cabeças atribuídas como dele, algumas até expostas ao público.
DNA dos ossos foi analisado nos laboratórios da Universidade de Copenhague, na Dinamarca. Foi determinado que todos os fragmentos são do mesmo indivíduo, um homem do Oriente Médio.
Embora os cientistas ingleses e dinamarqueses não possam provar que os pedaços do esqueleto encontrados sejam mesmo de João Batista, isso também não refuta a teoria dos arqueólogos búlgaros – que também encontraram uma pequena caixa de rocha vulcânica ao lado do sarcófago, contendo inscrições em grego antigo referindo-se ao primo de Jesus. O texto também menciona um pedido de ajuda a Deus para o “servo Tomás”, que, segundo teorias de estudiosos, seria o encarregado de levar os restos para Sveti Ivan. Uma análise na caixa revelou que ela pode ser originária da Capadócia, área da atual Turquia.
Segundo outros documentos históricos, os ossos podem ter sido levados para o mosteiro ainda no século 5, quando foi construído.
Visão cristã
Como foi dito, há vários supostos restos mortais de João Batista espalhados pelo mundo. Algumas religiões tendem a idolatrar esse tipo de objeto. Embora a procura e a talvez verdadeira descoberta dos arqueólogos possa ser considerada historicamente importante, o relevante mesmo é o legado de João (ilustrado ao lado), o homem de maneiras modestas que se vestia com peles de animais, comia o que coletava da natureza, pregava os preceitos de Deus, antecipou a chegada do Messias e o batizou nas águas do Jordão, assim como fez a milhares. Seus atos é que têm mais sentido e nos edificam mais do que evidências físicas, embora elas possam contribuir para sabermos mais sobre os tempos bíblicos.

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