Não conhecia a doença, não sabia o que a causava. Talvez por ter passado muita tensão ou porque o Léo me batia muito, eu estava desnutrida, não me alimentava direito. Mas não sabia o motivo.
Estava desesperada! Desesperada! Minha menina, o amor da minha vida, ficou internada naquele dia. Minha mãe ficou comigo por algumas horas no hospital. Trouxe-me chocolate ao leite com frutas, o que eu mais gosto.
Fiquei ao lado da Julia o tempo todo, minha mãe acariciava os meus cabelos. Ela estava sentindo a dor duplicada, por mim e pela neta.
Meu pai entrou pela porta do quarto do hospital e já não fazia piadas, não brincava com as enfermeiras, estava com os olhos inchados. Meu pai chorava.
Tentei falar com o Léo, mas o celular estava na caixa postal. Deixei recado, mas ele não retornou, aparecendo somente à noite. Um importante sintoma da Tetralogia de Fallot é a cianose – coloração roxo-azulada da pele, lábios e dedos. Baixos níveis de oxigênio no sangue causam esse sintoma. O bebê também pode ter dificuldade de respirar, ficar muito cansado, não responder à voz ou ao toque dos pais, ficar muito nervoso e até perder a consciência.
Outro sintoma comum da doença é o sopro cardíaco, um som extra ou diferente que o médico escuta durante o exame físico. Porém, nem todo sopro cardíaco é sinal de defeito no coração.
18ª de um total de 33 crônicas.
Continua na próxima edição.
A história é fictícia e baseada em fatos do cotidiano.
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