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Sem ouvir conselhos



Na casa da Claudinha, estávamos estudando e comendo o bolo que minha mãe fizera, de laranja com calda de maracujá.

– Analu, estou com dificuldades em formular essa matéria para a prova. Pode me ajudar?

Meu coração disparou! O Léo me pedindo ajuda! Minha mão ficou suada, minha barriga doeu, meus lábios estremeceram... “O que está acontecendo comigo? Que sensação é essa?”
Aninha chegou a mim e disse:

– Tá podendo, hein, Analu? Ele não pede nada pra ninguém, deve estar gostando de você.

No final da tarde, fui para casa e comentei com minha mãe. Afinal, ela é minha melhor amiga e sempre peço sua orientação em tudo.

– Minha filha, não se envolva com esse rapaz. Ele pode ser bonito, atraente, mas não professa a mesma fé que você. Além disso, é mais novo.

Recebi essas palavras como uma facada no meu coração. Eu já sabia disso, mas gostaria de ouvir que daria certo, para eu ir fundo na relação.

Fui pedir orientação então a uma amiga da minha igreja. Ela disse a mesma coisa. Fiquei muito decepcionada.

O tempo foi passando e as coisas ficando sérias. Eu não conseguia mais controlar os meus sentimentos, minha vontade era de gritar para todo mundo que eu o amava e ele a mim, e que iríamos namorar.

Ele era tão compreensivo comigo que, enquanto eu estava nesse dilema todo, disse que iria me esperar porque me amava.

Por que ninguém entendia isso? Ele me amava! Estava me esperando. Eu não podia perder minha felicidade por causa de ninguém. Se as pessoas não acreditavam naquele relacionamento, eu acreditava. E aprendera que a fé move montanhas, então tudo posso.

Ele sabia que eu era evangélica, por isso me respeitava muito; não me deu nenhum beijo enquanto não começamos a namorar. Sim, porque agora estávamos mais ou menos namorando. Quero dizer, eu e ele sabíamos disso, mas ninguém sabia dessa história. Nem a Claudinha, minha amiga.

Disse a ele para ir à igreja comigo, assim ninguém poderia falar nada. Ele seria da mesma denominação que eu. Que mal haveria nisso? Eu sei que ninguém acreditava que daria certo, mas eu cria e deu.

4ª de um total de 33 crônicas.

Continua na próxima edição.

A história é fictícia e baseada em fatos do cotidiano.

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